Livros: «O fado da Severa» de Maria João Lopo de Carvalho

O romance histórico conta a história da cigana Severa e do jovem, rico, bem-parecido, grande cavaleiro, destemido com os toiros, Conde do Vimioso.

Lançada no mês de Outubro, esta obra de Maria João Lopo de Carvalho vem agora juntar-se aos outros romances históricos desta autora desde À Marquesa de Alorna (2011), à Padeira de Aljubarrota (2013) e às mulheres de Camões (Até que o Amor me Mate – As mulheres de Camões, 2016).

 

“O Fado da Severa” oferece um belíssimo retrato do tempo e do modo de vida da sociedade lisboeta dos finais da primeira metade do século XIX e do Portugal do liberalismo.

Sinopse:

Na Mouraria, cruzam-se dois mundos quando a noite cai. O dos marujos, dos rufiões, das mulheres de má vida, as tabernas enchem-se com os filhos enjeitados da cidade. À procura de consolo, de um regaço pago, de vinho e de fadistagem. Vão eles e os nobres, embuçados, em busca do fruto proibido. 

Longe do São Carlos, onde as damas e as joias são legítimas, dos palácios nas Laranjeiras, mergulham no mundo sórdido e apaixonante onde se canta e bate o fado. E ninguém o faz melhor do que Severa, filha de cigano e de meretriz. Do pai herda o tom de pele, o sangue quente; da mãe a profissão e as artes de prender os homens.

São muitos os que a visitam, mas só um lhe deixa marca, o conde de Vimioso. É dele e da Severa esta história, nascida entre corridas de toiros, casas de má fama, recitais privados. É esse o amor proibido que Maria João Lopo de Carvalho tão bem evoca, num tom que nos remete para uma Lisboa feroz e verdadeira. 

Uma história onde brilham sempre a luz e as sombras dessa Lisboa e o indomável espírito de Severa: a cigana que inventou o fado, a mulher que vendeu o corpo – mas que nunca vendeu a alma.

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