Golegã, a última da temporada
- 12 de novembro de 2022, Golegã
- Cavaleiros: João Moura Caetano, Andrés Romero e Francisco Núncio
- Forcados: Ribatejo, Chamusca e Beja
- Ganadarias: Passanha e Paulo Caetano
- Direção de Marco Gomes assessorado por José Luís Cruz
- Praça a 3/4 de lotação
Com cerca de vinte minutos de atraso em relação à hora prevista, iniciou-se no sábado passado a segunda e última corrida de toiros integrada na Feira Nacional do Cavalo, na Golegã.
O público acorreu preenchendo quase por completo as bancadas da desmontável, ¾ fortes.
João Moura Caetano, o espanhol Andrés Romero e Francisco F. Núncio apresentaram-se para lidar toiros das ganadarias Paulo Caetano e Passanha. Aos forcados do Ribatejo, da Chamusca e de Beja estavam reservadas as pegas com direito a prémio para a melhor. A dirigir a corrida esteve o Professor Marco Gomes e como cornetim de serviço José Henriques, que brilhou como só ele sabe nos momentos em que foi chamado a intervir.
O primeiro toiro da corrida, um Paulo Caetano escorrido de carnes, foi lidado por João Moura Caetano que esteve correto sem, contudo, chegar como queria às bancadas.
Para a cara deste toiro, Pedro Espinheira, cabo do Grupo do Ribatejo, elegeu o forcado Duarte Pinedo. Na primeira tentativa, com o grupo a dar vantagens ao toiro, o forcado da cara escorregou antes de reunir, consumando a pega à segunda tentativa sem problemas.
Andrés Romero lidou um Passanha numa lide alegre, muito ao jeito do rejoneio e que chegou ao público. Uma boa serie de curtos, terminando em plano superior a sua lide com dois bons ferros ao piton contrário, muito pronunciados, que deixaram a praça de pé e a pedir mais.
Para pegar o segundo da corrida, apresentou-se o Grupo da Chamusca. O forcado Miguel Santos saiu magoado da primeira tentativa, após reunião com alguma violência, tendo sido dobrado por Gustavo que consumou à terceira tentativa, numa reunião deficiente, com ajudas carregadas.
Francisco F. Núncio lidou um novilho de Paulo Caetano numa lide apagada que não chegou ao público, não deixando grandes marcas de registo.
Para a pega deste toiro, Miguel Sampaio, cabo do Grupo de Beja, elegeu o forcado Miguel Pavia que depois de brindar ao Sr. º José Alcobia, grande aficionado da Golegã, realizou uma pega correta à primeira tentativa.
O quarto toiro da corrida, foi um Passanha de boa nota a quem Moura Caetano deu uma boa lide, nos compridos mostrou-se correto para nos curtos deixar bom ambiente, com alguns ferros ao piton contrário a empolgar a praça.
Bruno Inácio, pelos amadores do Ribatejo, fez duas tentativas, tendo sido dobrado por Rafael Costa que, com ajudas carregadas, consumou a pega.
Andrés Romero lidou o quinto da tarde, um Paulo Caetano que se arrancava de largo e com vontade. Lide muito ao seu estilo, deixando o público em delírio. O cavaleiro poderia ter saído aclamado e com o público de pé, contudo acedeu colocar mais um ferro, após grande insistência das bancadas, que não resultou como gostaria. Aqui uma nota de atenção que em nada retira brilho à sua atuação, o toiro estava esgotado e havia ainda uma pega por realizar, nestes casos e por muito que o publico peça mais um ferro, por uma questão de respeito ao toiro e ao forcado, tanto diretor como cavaleiro não o podem permitir.
O forcado Diogo Marques, pelo Grupo da Chamusca, brincou ao Professor Marco Gomes que dirigia a corrida. Dando todas as vantagens ao toiro, o forcado da cara começou a citar bem lá atrás e com o grupo junto às tábuas. O toiro saiu solto para uma reunião dura, mas com alguma sorte que também faz parte deste jogo, o forcado conseguiu consumar à primeira tentativa.
Francisco F. Núncio lidou o último da corrida, um Passanha colaborador, mas que o cavaleiro não entendeu na integra. Passagem não muito feliz pela Golegã.
Para fechar a já longa corrida, Nuno Barreto, pelos amadores de Beja, partiu de trás a dar todas as vantagens ao toiro, mandou sair para uma boa reunião, fazendo a viagem por cima, com o grupo coeso a fechar bem no sitio das terceiras ajudas, Excelente pega que o júri elegeu, e bem quanto a nós, como a melhor da corrida.
