Na opinião de Paulo Loução, cabo dos Forcados Amadores de Cascais, os aficionados estão exigentes e vão às praças pelo toiro, pela emoção e pelo risco. O forcado revela ainda como têem corrido os treinos e saiba qual a sua opinião sobre como está a tauromaquia
A 3 de Março, domingo, os Forcados Amadores de Cascais voltam a reunir-se, na Praça de Toiros de Salvaterra de Magos, pelas 09h30, para mais um treino de preparação para a próxima época, que está quase a começar. A Tauronews esteve à conversa com o cabo Paulo Loução, que nos contou como estão a ser os preparativos da nova temporada. “Os treinos, efectivamente, estão a correr de forma muito positiva , até à data já fizemos dois treinos, este ano, e iremos para o terceiro no próximo dia 3”, revela Paulo. E acrescenta: “Felizmente tenho notado uma grande entrega por parte de todos os elementos do grupo, sem dúvida que esta fase de preparação da temporada é de extrema importância, não só para os elementos que estão a começar, mas também para os elementos mais rodados e consagrados”.
Nos dois treinos que já concretizaram, o cabo não tem dúvidas que os jovens talentos são muito importantes para o grupo. “Graças a Deus que todos os anos surge rapaziada nova, penso que é fundamental para a continuação do grupo bem como da nobre arte de pegar toiros”, revela Paulo. E avança: “Este ano ingressaram no grupo cerca de 10 miúdos novos, o que a nós nos dá um grande alento e alegria, pois é sinal que em temporadas anteriores, o grupo, pelo desempenho dentro e fora de praça, tem conseguido despertar a atenção de muitos jovens que idealizam um dia ser um de nós!”
Os jovens talentos que ingressaram no grupo ainda “não passam de aspirantes a Forcados, no entanto, acredito neles e espero que venham por bem e para dignificar, dispostos a percorrer um caminho duro e de muita entrega. Ao mesmo tempo é uma experiência que certamente os marcará para o resto da vida”, diz o cabo.
No que se refere a corridas, o grupo já tem algumas agendadas e “algumas delas de extrema importância a nível do panorama taurino nacional, no entanto, e, por uma questão de princípios, iremos deixar os empresários divulgarem as datas e os cartéis”, revela o elemento do grupo de Cascais.
Paulo acha que “o grupo irá manter, praticamente, o mesmo número de corridas que teve na temporada anterior, no entanto, e como sempre defendemos, tentamo-nos focar principalmente em ter actuações dignas e que dignifiquem o bom nome do grupo”, conta. E acrescenta: “As expectativas como não poderia deixar de ser são as melhores, penso que temos um grupo com muitos elementos jovens, com valor e muita coesão. Acredito que o grupo continue no registo que tem vindo a manter, com boas actuações mas, essencialmente, com o maior do respeito pelo público, porque esse sim nunca pode sair defraudado”.
Na opinião do cabo de Cascais “a tauromaquia de um modo geral está num momento positivo, pois cada vez mais vemos as praças com boas afluências de público, no entanto, acredito que continua a faltar um pouco de união e seriedade na festa, e isso cabe-nos a nós, taurinos, mudar, já que somos apaixonados pela enorme cultura e tradição que é a festa dos toiros, por isso, há que essencialmente a preservar e defender”.
Para Paulo os forcados, hoje em dia, estão mais valorizados do que antigamente “apesar de haver grandes forcados, já retirados. Hoje em dia, sinto que o aficionado é exigente, que vai às praças pelo toiro, pela emoção e risco que, obrigatoriamente, uma corrida de toiros tem que ter, o que de certa forma enaltece o nosso papel na tauromaquia”, finaliza.