Pedro Espinheira, cabo dos Amadores do Ribatejo, revela que já estão anunciados para quatro corridas. O cabo revela ainda que os treinos na generalidade tem sido muito positivos
O cabo dos Forcados Amadores do Ribatejo, Pedro Espinheira, contou à Tauronews como tem estado a preparar o seu grupo para esta temporada. “Já realizamos três treinos de preparação da época 2019. Até agora têm corrido bem, e têm servido essencialmente para manter a forma e o contacto dos mais experientes, e para tirar ilações sobre as capacidades dos mais novos, que pretendem vir a integrar as escolhas para esta época. Na generalidade têm sido bastante positivos”, começa por revelar Pedro.
Todos os anos há jovens que querem entrar no grupo: “À semelhança de anos anteriores, apareceram este ano também vários elementos novos a tentar a sua sorte, elementos estes que se corresponderem em abnegação, trabalho e disponibilidade física e mental, como têm mostrado nos treinos, claramente que terão condições para vir a envergar a jaqueta do Grupo”, diz o cabo.
Até ao momento, os Amadores do Ribatejo já estão “anunciados em quatro espectáculos, sendo estes em Sousel, Santo António das Areias, Cartaxo e Montijo, todas estas já anunciadas na comunicação social. Há também outras já faladas, mas preferimos sempre que sejam anunciadas em primeira mão pelas empresas promotoras”, avança. E acrescenta sobre o aumento do número de corridas em 2019: “O decorrer da época o dirá. Um bom desempenho nestes primeiros espectáculos poderá abrir algumas portas, mas o objectivo não passa pelo número de corridas, fazer mais é sempre um gosto, mas não um objectivo”.
Pedro Espinheira tem a certeza que “as expectativas são sempre altas, a par da ilusão que cada forcado leva dentro. Passa sempre por melhorar onde há para melhorar, e manter o nível que vimos construindo nos últimos anos”, revela.
Sobre a tauromaquia, Pedro não tem dúvidas que a “globalização veio trazer um novo paradigma, que permite a toda a gente acompanhar a festa em tempo real, tudo o que acontece, aconteceu e vai acontecer, pelo que há cada vez mais o manifesto do gosto que cada aficionado tem, ao escolher muito mais minuciosamente o que gosta e não gosta, tendo os aficionados mais critério hoje em dia”, realça. E o cabo acrescenta: “Vimos várias praças esgotadas na temporada passada, e esta temporada julgo que iniciou com um óptimo prenúncio, com grandes ambientes em Mourão, Lisboa e agora em Santarém. As corridas televisionadas mostraram na época passada mais uma vez que é uma proposta cultural pela qual as pessoas param para ver”.
Para além disso, “haverá sempre saudosistas, e escutar-se-à sempre o ‘no meu tempo é que era’, no entanto, e embora não seja um mundo perfeito, a festa está hoje muito viva, muita gente nova a ir aos toiros, o que não representando uma garantia, nos faz encarar um futuro próximo com ilusão de que a festa está saudável”.
Sobre os forcados de agora e de antigamente o cabo não tem dúvidas de que “por parte do público não creio que haja grande diferença, a não ser uma maior aproximação, através da globalização, que leva a que o público conheça melhor os grupos e seus elementos, mas isto não reflecte necessariamente maior valorização. Os forcados sempre levaram muita gente às praças, e continuarão a levar, certamente”.
Na carreira de Pedro enquanto forcado os “piores momentos estão sempre associados às lesões, e destes momentos, além de todas as outras lesões de menor gravidade, há a destacar no ano 2015 no espaço de um mês, duas lesões graves com fractura de vértebras, sofridas por mim e pelo Sérgio Carmo, momentos estes que levaram ao interromper da temporada para ambos, momentos estes, felizmente, ultrapassados”. No que se refere aos melhores momentos, o cabo do Ribatejo diz: “O melhor não consigo destacar, uma vez que guardamos sempre cada uma tardes ou noites de glória com igual sentimento, e essas, felizmente têm acontecido com regularidade”.