Quando as mulheres olham para a Festa Brava

Este é seguramente um grande desafio! Não vai ser fácil, até porque vivemos numa época de “verdades alternativas” e defender uma atividade que mais do que nos identifica, nos apaixona é “o” desafio!

E é na parte da paixão e da entrega que as mulheres entram nesta história. Reservadas e discretas, as mulheres são uma espécie de “maioria” silenciosa sem a qual a festa não teria certamente nem o encanto nem o sentimento que tanto a caraterizam. Sim, é verdade que forcados, cavaleiros e toureiros fascinam e exaltam paixões. Sim, é verdade que a sua coragem e ousadia seduzem e atraem. Mas, acima de todas estas circunstâncias, existe uma verdade indiscutível: as mulheres sentem a festa brava no coração e no ventre porque são mães, irmãs, mulheres, amigas, tias, primas, avós…. São aquelas que estão sempre lá, que se despedem com um beijo de fé e de orgulho, antes das cortesias, que batem palmas mesmo quando o coração pede para unir as mãos em oração, que abraçam no fim de uma tarde menos inspirada, que se comovem de amor incondicional.

São mães de coração grande apertado que lavam jaquetas e casacas, cosem remendos e rezam. São mulheres de olhar atento e tenso que acompanham e apoiam. São bancadas cheias deste outro lado da Festa Brava, feito de medo e de inquietação, mas também de sorrisos, paixão e orgulho.

Porque as mulheres são seres de grandes causas, são também aqui na Festa Brava insubstituíveis, pois esta precisa de ser defendida, representada e continuada e são as mulheres que põem forcados, toureiros, cavaleiros e aficionados no mundo!

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