Estive em Fátima.
Estive em Fátima, num fim-de-semana em que tudo aconteceu no nosso país. Como se o orgulho, a emoção e a honra de sermos portugueses atingissem um qualquer clímax há séculos desejado. Como se uma aura de glorificação nos preenchesse de alto a abaixo.
E eu estive com Maria, a Mãe. Estive simplesmente com Maria. Eu e todos quantos foram. Muitos. Fisicamente, pela televisão e pela rádio, na oração ou apenas no pensamento, fomos muitos que estivemos com Maria.
Tantas vezes caminhei, a pé, até Fátima, muitas outras vezes de carro, sempre na certeza da Sua proteção e do Seu amor sem fim.
Ali, tudo é uma grande certeza. Sinto-o em todas as vezes. Porém, desta vez foi diferente. Ao Seu encontro veio o Papa Francisco que rezou no mais profundo silêncio e disse “Aqui temos Mãe.”
Houve velas, tantas. Lenços em adeus, palavras carregadas de verdade e de humanidade. Tudo tão real e tão intenso.
Milhares de jovens, centenas de famílias, pessoas sozinhas, grupos de amigos chegaram ao Santuário, dormiram ao relento, esperaram, rezaram, cantaram, riram e choraram. Viveram, por dois ou três dias, na humildade e simplicidade de Fátima.
Sempre com Maria.
Rezei.
Pedi por todos aqueles que conheço e amo e por todos vocês que entram na Praça de Touros. Que enfrentam o perigo a cada passo, que dialogam com o risco, que superam o medo que vem lá do fundo.
É a esta nossa Mãe que cada um dos vossos brindes se dirige sempre, mesmo quando as vossas palavras são ditas, com sinceridade e sentido, a outros.
É a Maria que os vossos corações se entregam, dentro da arena. É de Maria que aceitam o vosso destino, em toda e qualquer circunstância.
Maria, Nossa Senhora, vai por Vós… cada sorte, cada pega, cada ajuda, cada passe.