Na sua primeira temporada em Madrid, em que geriu Las Ventas através da empresa Plaza 1, aliada à agência turística suíça Neutalia, Simón Casas conseguiu que a assistência tenha aumentado de 821.748 para 973.196 espectadores, o que traduz um crescimento de 18,5% relativamente ao ano passado.
A Feira de San Isidro, a Corrida da Imprensa e a Corrida da Cultura representam praticamente 70% das receitas, tendo a Feira de Outubro um peso na casa dos 20% de entradas vendidas. Os demais espectáculos, como as novilhadas, traduzem os restantes 10% da bilheteira rendida.
Em entrevista ao programa “Kikirikí”, da Toros TV, Simón Casas afirmou que a sua primeira temporada em Las Ventas “foi um êxito”, uma vez que “a empresa alcançou bons resultados artísticos”, ao mesmo tempo que se “aumentou o número de abonados e a assistência”, tendo-se assim “revertido a tendência da praça, que se encontrava a sofrer muito e não conseguia desassociar-se da crise económico-financeira” que tem assolado Espanha.
Quanto ao relacionamento da empresa com a Comunidade de Madrid, Simón Casas diz que “há uma grande relação”, embora admita que “o tema das obras de Las Ventas deveria ter surgido antes”, esperando que o governo regional “tome agora cartas no assunto”.
Acrescente ainda que sabia que corria um grande risco ao candidatar-se e ganhar a concessão da Monumental de Madrid: “O perigo era claro — a concessão da praça foi feita para todo o tipo de espectáculos e não apenas para espectáculos tauromáquicos. Sabíamos que dantes o Município concedia as autorizações e que essas autorizações estavam a ser concedidas com grande normalidade e facilidade. Agora, esse critério mudou. Por isso, doravante, vamos trabalhar em conjunto com a Comunidade de Madrid porque ter o equipamento nas melhores condições irá claramente proteger Las Ventas no futuro”.
Simón Casas finaliza sustentando que “há que liberalizar a tauromaquia” e que “é importante adaptar a praça aos nossos tempos — temos de ser realistas, pensar a longo prazo, porque o que não evolui acaba por desaparecer”.
A Plaza 1 também deu cartas online, registando um aumento de 56% dos seus seguidores e de 180% no impacto nas redes sociais.
Fotografia: SCP