A presença de José Tomás pode ser o impulso que a Feira de Gijón precisa após a polémica proibição por parte da presidente da câmara.
A polémica decisão de proibir os toiros em Gijón depois de numa corrida saírem à praça dois toiros com os nomes de “Feminista” e “Nigeriano” parece ainda não estar ultrapassada.
Apesar da decisão mostrar desconhecimento sobre o funcionamento e percurso de um toiro numa ganadaria, desde o momento em que nasce até ao momento que sai em praça, mostra também o total desinteresse em aprender.
Vários ganadeiros e especialistas tentaram explicar que os nomes dos toiros vêm das suas mães, não são batizados no momento com o nome que vier à cabeça, adotam o nome da mãe quando nascem – 4 anos antes de serem anunciados em praça.
Pois em Gijón não o sabiam e não o quiseram saber. Entenderam-no e decretaram-no simplesmente como um “ataque” às mulheres e aos emigrantes, destinando assim os meses seguintes do coso de El Bibio à organização de outros eventos que não os tauromáquicos.
A afición asturiana, as peñas, o empresário Carlos Zúñiga e o próprio comércio local não vêem Gijón sem toiros e por isso o empresário trabalha para que de 23 a 30 de Junho de 2022 (readaptando as datas em que normalmente se celebrava a Feira de Gijón de modo a cumprir com a decisão de nos meses seguintes se celebrar apenas eventos “não tauromáquicos”) se possa voltar a dar toiros nesta arena espanhola.
Na esperança de uma resposta positiva, Carlos Zúñiga prepara já a presença de várias figuras nesta feira – Morante de La Puebla, El Juli, Manzanares ou Roca Rey são alguns dos nomes apontados.
No entanto, com a impossibilidade de regressar aos ruedos nos últimos dois anos, devido à pandemia de covid-19, com ganas de toiros e saudades da afición o nome de José Tomás surge como possível grande nome desta Feira de Gijón.
A sua presença seria o impulso definitivo para que a celebração da feira em novas datas fosse um verdadeiro sucesso. Esperemos que assim seja.
