Tarde agradável no Sobral de Monte Agraço

Sobral de Monte Agraço, Tradicional Festival Taurino Misto, 25 abril 2024 | Meia casa

 

Novilhos-toiros da ganadaria Falé Filipe. A cavalo António Prates e Joaquim Brito Paes, a pé António Ferrera, José Garrido, Manuel Dias Gomes e Joaquim Ribeiro “Cuqui”. Pegas a cargo do Grupo de Forcados Amadores de Lisboa no primeiro compromisso da temporada dos 80 anos.

 

Abriu praça o cavaleiro António Prates frente a um bonito toiro de Falé Filipe que permitiu alguns bons momentos ao cavaleiro mas faltando-lhe humilhar, tapando a saída e esperando no momento do ferro. Antonio Prates esteve dinâmico, conseguindo ferros de boa nota em especial o palmito que encerrou a lide. Foi premiado com volta ao ruedo. Pegou à primeira tentativa e com bonita planta o jovem Martim Marques do GFA Lisboa.

Seguiu-se o matador António Ferrera frente a um novilho também da ganadaria Fale Filipe, bem apresentado para o espetáculo em questão, que colaborou permitindo um bonito tércio de capote. Com a muleta conseguiu momentos altos colocando o novilho a investir, conseguindo bons derechazos e bons passos de peito. Animou o público e foi premiado com aplaudida volta à arena.

Ao matador espanhol José Garrido tocou-lhe um novilho com pouco recorrido terminando sempre os passes com cara alta. Garrido recebeu o novilho num bem conseguido tercio de capote e na muleta, porfiando muito, logrou alguns bons momentos mas sem grande emoção pois o novilho não era propício ao êxito. O público reconheceu o esforço e foi premiado com volta.

Seguiu-se o matador português Manuel Dias Gomes a quem a sorte não sorriu saindo-lhe um novilho com problemas de visão. A falta de visão complicou o tercio de bandarilhas mas na muleta o matador encontrou a distância já em curto e sacou bons muletazos, de bonita estética, frente ao de Falé. Bonitos e profundos derechazos, sacando tudo o que o novilho tinha para dar. Manuel vive um bom momento demonstrando-o na arena, sem permitir toques na muleta e ultrapassando o problema de visão que claramente se refletiu na condição do novilho. Passes templados e uma bonita visão de toureio para todos os presentes na bancada, conseguindo a lide da tarde.

A última lide a pé esteve a cargo do matador Joaquim Ribeiro “Cuqui”. Saiu à arena um bonito e difícil novilho de Falé Filipe. Aprendeu depressa e apoderou-se da lide dificultando o labor ao matador. Novilho sem opções que impossibilitou que Cuqui pudesse mostrar as suas capacidades. Não foi permitida volta.

Fechou a tarde o cavaleiro Joaquim Brito Paes frente ao sexto exemplar da tarde também ele da ganadaria Falé Filipe, um toiro, o mais bonito que saiu à arena. Sem galopar e de investidas curtas o toiro evidenciou alguma mansidão procurando terrenos de tábuas. Veio a mais o toiro durante a lide ganhando tranco e mobilidade, intercalando momentos de casta e mansidão, transmitindo perigo e emoção para as bancadas. Joaquim Brito Paes optou por colocar os ferros a sesgo sendo o quarto um bom momento. O quinto ferro, de frente e em curto, foi o mais ovacionado da sua lide, arriscando e de verdade.

A segunda e última pega da tarde foi realizada pelo jovem Miguel Santos com espetacularidade e muito valor, aguentando os fortes derrotes, e eficácia por parte do restante grupo.

Dirigiu a corrida Ricardo Dias assessorado pelo médico veterinário Jorge Moreira da Silva.

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