Depois da, amplamente noticiada, morte de um jovem de 16 anos na Moita, várias foram as reações e afirmações que se fizeram, novamente, sobre a tauromaquia, em especial a popular.
Num artigo no Novo Semanário foi feita uma análise sobre os argumentos e consequências da proposta apresentada pelo PAN (suspensão imediata das largadas de toiros em todo o país), recorrendo ao testemunho de dois responsáveis de municípios taurinos, Azambuja e Moita, bem como de Hélder Milheiro, secretário geral da Protoiro, que pode ler aqui na íntegra.
Veja abaixo alguns dos principais tópicos deste artigo:
- “O PAN reagiu de imediato e avançou, esta semana, com um projecto de resolução para acabar com os toiros na rua. Os autarcas dos concelhos onde se realizam largadas rejeitam fazer qualquer alteração no formato deste tipo de actividade e acusam os animalistas de “demagogia e oportunismo”.”
- “António José Matos argumenta que “qualquer actividade humana está exposta a acidentes”, defendendo que em causa está “uma actividade cultural inserida nas festas, com enorme valor patrimonial, cultural, social e económico”. Acrescenta também que “fazendo parte da identidade das gentes da terra, faz parte da alma de cada um e da própria região”.”
- “Para o vice-presidente da Câmara da Azambuja, o que Inês de Sousa Real propõe é suspender as festas populares um pouco por todo o país, o que, na sua óptica, seria “um verdadeiro atentado cultural e uma tragédia económica para os municípios e para a generalidade dos agentes culturais”. “É algo totalmente descabido, absurdo e sem qualquer fundamento”, acrescenta.”
- “Desde sempre assisti a corridas de touros e a largadas e não foi isso que fez de mim uma pessoa violenta. Bem pelo contrário, neste tipo de festas todos ficamos mais tolerantes e são um verdadeiro hino à amizade” – António José Matos
- “Carlos Albino, presidente da autarquia (Moita), recusa, porém, interromper as festas devido a este tipo de acidentes. O socialista argumenta que as largadas são parte integrante do património e do legado culturais do município e refere que sempre que as festas se realizam no seu município, o espaço público é delimitado.”
- “O responsável da Federação Portuguesa de Tauromaquia acusa Inês de Sousa Real de estar a aproveitar um acidente trágico para atacar a tauromaquia. “Demonstra falta de respeito. Existe aqui um oportunismo bastante baixo. Estão a aproveitar estas situações para fazer ataques à tauromaquia””