Os Forcados Amadores de Coruche já tem 11 corridas marcadas, mas embora não possam revelar pormenores, José Tomás, cabo do grupo, desvendou ao Tauronews que três delas são em Coruche. O cabo revela como são os treinos do grupo e quais as expectativas nos novos talentos
A nova temporada está a começar e os grupos de forcados estão todos focados nos treinos para que possam brilhar ao longo da época. O Tauronews esteve à conversa com José Tomás, cabo dos Forcados Amadores de Coruche que nos desvenda que já tem 11 corridas marcadas e mais três apalavradas. “Não posso ainda adiantar nenhuma data, a não ser as corridas tradicionais de Coruche onde estamos sempre presentes, porque os empresários ainda não me deram autorização para isso. Nem posso revelar algumas praças que já não pisamos há algum tempo e onde vamos voltar”, revela o cabo. E adianta: “Mas já temos 11 corridas agendadas e mais três, que se as datas acontecerem também estaremos presentes”.
Os Amadores de Coruche já sabem que são presença assídua nas corridas da sua terra, que vão decorrer a 2 de Julho, a 7 de Julho (corrida nocturna) e a 17 de Agosto”, afirma José.
Para que entrem com o pé direito na temporada, os forcados tem treinado e têm “mantido a linha dos outros anos, em que fazemos alguns treinos nas ganadarias, infelizmente cada vez menos porque as ganadarias não tem tanta disponibilidade de gado para ceder aos forcados. E também alugamos algumas reses bravas e treinamos na Praça de Coruche ou numa quinta que pertence a um antigo elemento do grupo, onde fazemos alguns treinos”, avança o forcado.
“Em relação aos outros anos não noto grande aumento a nível de jovens talentos, noto sobretudo diferença da proveniência, pois era mais comum aparecerem jovens apadrinhados por elementos, já presentes no grupo, e que traziam um amigo, um irmão, um primo. Actualmente, não é que tenha havido um aumento no numero de estreantes, há sim quem apareça através das redes sociais”, desvenda. E diz: “Já não me recordo bem do meu tempo, mas eu sendo natural de Coruche e tendo pessoas conhecidas no grupo nunca senti desconforto, mas imagino que deva ser desconfortável para os jovens aparecer assim sem conhecer ninguém”.
Actualmente, José Tomás já aprendeu a esfriar as suas “expectativas porque aparecem rapazes com muito talento e que mostram uma qualidade nata para pegar, só que a percentagem desses novos que aparecem agora e que se tornam elementos já é muito reduzida”, avança o cabo de Coruche. E finaliza: “Os mais novos não tem consciência das dificuldades, do incomodo que é ir treinar a 200 quilómetros pegar duas vacas e voltar e até financeiramente é difícil. Por isso acabam por ficar muitos pelo caminho, não por falta de valor, mas sim por condicionantes da vida, porque nem todos temos a mesma disponibilidade”.