Em entrevista ao site Time Out, Álvaro Covões abordou o tema da tauromaquia no Campo Pequeno num momento em que o naming do espaço foi vendido à cervejeira Sagres.
Questionado sobre as actividades tauromáquicas na principal praça do país, o empresário diz que o tema nunca foi abordado com a Sagres e que a sua empresa apenas gere o espaço e não tem por intuito a promoção de espectáculos.
Sobre espectáculos tauromáquicos em concreto, Álvaro Covões esclarece: “Nós não promovemos. Somos obrigados por contrato [a acolher]. Ainda é considerado um espectáculo. É obrigatório [acolher]. Não temos como fugir, portanto não temos opinião”.
O empresário acrescenta ainda, em relação à promoção de espectáculos tauromáquicos: “Nós vivemos em democracia e em democracia tem que se respeitar a lei e a vontade da maioria. Quem somos nós para mudar isso? Era o que mais faltava agora nós termos um pensamento político e vinha aqui um pensamento oposto ‘queremos fazer a nossa convenção’. Não, não, a gente não quer nada convosco. Se são uma organização juridicamente legal, claro que sim, são bem-vindos. Aliás, eu fui educado a isso: as salas de espectáculos têm de ser abertas a todos. Todos os credos, sejam políticos, sejam religiosos. E os artistas a mesma coisa. Isso é princípio básico da liberdade. O público tem direito a ver aquilo que quer ver”.
Esta temporada estão previstas quatro corridas de toiros em Lisboa, cujos cartéis deverão ser divulgados nos próximos meses pelo empresário Luís Miguel Pombeiro.