«Os toureiros passam um mau bocado com este encaste», diz Sánchez Fabrés sobre o encaste Coquilla

Foi no decurso da conferência dedicada à «Essencia do encaste Coquilla» em Zaragoza que o ganadero Juan Sánchez Fabrés referiu as razões porque prefere não lidar os seus toiros em Espanha.

Juan Sánchez Fabrés salientou que “o problema actual é que muitas vezes não chega emoção às bancadas» referindo-se à persistência e repetição dos mesmos encastes ao longo da temporada.

No entanto acrescentou que «Os toureiros passam um mau bocado com este encaste e entendo que eles, podendo eleger, não queiram matar os meus toiros».

O proprietário da histórica ganadaria Sánchez Fabrés que viveu a sua época dourada nos anos, 40, 50 e 60 e começou o declive a partir dos anos 70 quando o público começou a exigir um toiro maior do que a morfologia dos toiros deste encaste permite.

O ganadero referiu que o problema do encaste Coquilla é de natureza morfológica mais do que de “carácter” mas contou que foi El Niño de la Capeia quem, num tentadero lhe abriu os olhos, “a vaca media-o a cada muletazo, eu não me apercebia mas ele fez-me ver”.

Sánchez Fabrés criticou também as corridas actuais dizendo que passámos de ‘bull-fighter’ a ‘bull-dancer’, como diriam os americanos” e acrescentou que hoje os cavalos de picar são um mero adorno, por estas razões o ganadero não espera lidar em Espanha.

Artigos Similares

Destaques