Ricardo Carrilho: “Agora o importante é a nossa saúde, são as nossas vidas!”

Ricardo Carrilho, cabo do Grupo de Forcados Amadores de Monforte, já viu três corridas canceladas, sendo que este ano seria uma temporada especial pelos 20 anos de existência do grupo. No entanto, o cabo não tem dúvidas de que todos vão voltar ao sítio onde gostam de estar: as praças de toiros. 

Tauronews: Considerando a actual situação em Portugal, quais acha que serão as principais repercussões que o Covid-19 irá causar na nossa sociedade e em particular na tauromaquia?
 
Ricardo Carrilho: Neste momento é difícil perceber quais as principais repercussões, bem como quais a suas dimensões. Penso que iremos passar momentos complicados, e que economicamente haverá dificuldades para todos, inclusive na tauromaquia, que como se vê já começou com dezenas de espectáculos anulados.
 
T.: Até ao momento já teve festivais e corridas cancelados/adiados?
RC: Esta temporada o nosso grupo completa 20 anos. Tínhamos uma agenda muito “engraçada” , com esta situação já levamos 3 corridas canceladas, Alpalhão, Sousel e Estremoz.
T.: Quais as implicações económicas que esta situação poderá ter a curta/médio prazo no seu caso em particular?
RC: Economicamente enquanto GFAMonforte penso que não teremos implicações de maior. 
T.: Esta temporada já tinha corridas marcadas fora de Portugal? Em que medida pode afectar a sua carreira?
RC: Sim, em Espanha. Creio que não terá impacto, é claro que será menos uma ou outra corrida, mas nós somos forcados amadores, poderá ter maior influência no caso de cavaleiros e matadores.
 
T.: Como tem gerido, a nível familiar, esta situação? Tem medo pelos seus familiares?

RC: Não tenho estado com todos os familiares como gostaria. Tenho receio por eles claro.

T.: Mesmo estando de quarentena, vai conseguindo treinar ou suspendeu tudo?

 

RC: Tudo suspenso de acordo com as indicações da DGS! Vamos mantendo contacto telefonicamente uns com os outros que é muito importante!
T.: Que mensagem de ânimo deixaria aos aficionados?
RC: Primeiro que tudo que sigam as indicações dadas pela DGS e que tanto quanto possível, permaneçam em casa, a prevenção é sempre o melhor remédio.
Agora o importante é a nossa saúde, são as nossas vidas!
Aos aficionados dizer-lhes que temporariamente estamos impedidos de fazer/ver o que mais gostamos, no entanto, que não percam o ânimo e a vontade, pois brevemente iremos ultrapassar este problema e estaremos de volta. Quanto a nós rumo aos 20 anos! 

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