Figueira taurina arrancou

Direção acertada e discreta a cargo do Sr. Paulo Valente, coadjuvado pelo médico veterinário Dr. José Luís Cruz.

Praça visivelmente cheia nas circunstâncias atuais e com a lotação legalmente permitida.

Corrida de José Luís Cochicho muito bem feita, baixa, rematada por diante, nos pesos ideais para investir, seleção criteriosa, digna de reparo: invistam ou não, bonitos podem sair sempre e esta corrida veio irrepreensível. Corrida com idade e comportamento que permitiu um agradável espetáculo.

Melhor o lote de João Telles, mais complicado o de Filipe Gonçalves, sem maldade, mas parados e procurando desculpas para evitar o confronto.

Começando pelos destaques, João Ribeiro Telles, teve duas boas atuações, cedo premiadas com música, demonstrando variedade, sitio e risco, apostando nos quiebros arrepiantes e terminando nos violinos e palmitos.

Filipe Gonçalves, a quem tocou o lote complicado, parado e tardo, arrancadas perigosas, pondo em apuros o auxiliar Josué, veio contudo determinado e disposto variou nas sortes, tentando o possível para fazer bem, terminou a sua passagem com um violino tirado da cartola, num touro parado no centro.

Marcos Bastinhas, no primeiro não conseguiu atingir êxito que vinha à procura, fez uma lide limpa, correta e sem reparos, embora não tenha acabado de chegar à bancada.

No segundo, depois de brilhantemente parado nos médios, deu-lhe uma lide bem estruturada e mais vistosa, esta sim chegando a aquecer o público, terminou com os familiares pares de bandarilhas.

Os touros foram pegados, do lado dos Amadores de Santarém, por António Taurino, que reaparecia depois de interregno profissional e que não afetou em nada o desempenho, demonstrou sitio, cite e tranquilidade, fazendo uma boa pega à primeira, com touro dentro do grupo que ajudou bem.

Rúben Giovety pegou o terceiro, também à primeira, touro maior e mais pesado que os irmãos, mais sério para a pega, que em nada perturbou o forcado, bonito e vistoso no cite e eficaz na reunião, com ajuda condizente do restante grupo.

Fechou a atuação Escalabitana Francisco Graciosa com uma pega à segunda, na primeira tudo bem feito do início ao fim, com entrada perfeita e ajuda sólida do primeira ajuda José Carrilho, embora tenham sido desfeiteados no setor das segundas quando o touro gira para o lado “vazio” e despeja todos. Na segunda e detetado o problema consumou-se a pega, fechada pelos terceiras.

Pelos Amadores do Ribatejo, foram caras Bruno Inácio, com respeitoso brinde aos Amadores de Santarém, concretizou à segunda tentativa, na primeira tentativa não consegue receber o touro.

André Laranjinha pegou o quarto numa  bem ajudada pega, coesa e vistosa e terminou a atuação André Martins, também à primeira, numa noite aparentemente fácil para ambos os grupos, embora a facilidade surja com o bem fazer e bem ajudar.

Noite bastante agradável numa praça histórica, com público satisfeito e bem disposto e num espetáculo que durou duas horas e trinta minutos, não fosse a recolha de um touro ter demorado trinta minutos e teríamos o tempo ideal de duas horas.