Triunfo gordo para Francisco Palha e Ap Moita na quinta nocturna

Moita, 13 de Setembro de 2018
Uma da corridas mais esperadas pela afición.

Para o Aposento da Moita, a corrida do tudo ou nada, devido ao momento menos feliz que atravessa. Para grande parte dos cavaleiros a corrida de confirmação da boa temporada.

O maestro João Moura, em noite de homenagem pelos 40 anos de Alternativa, lidou o primeiro Passanha da noite. Lide essa que foi de menos a mais, com destaque para os dois últimos ferros de palmo, com o toiro a colaborar com o cavaleiro.

Para pegar o primeiro toiro, o cabo José Maria Bettencourt. Citou bonito e vistoso, avançando com decisão, mandou no toiro e com uma reunião prefeita  concretizou uma boa pega com principio, meio e fim. Pega a primeira tentativa.

Para lidar o segundo da noite Antonio Ribeiro Telles, cavaleiro muito querido por terras Moitenses. Toiro, curto de mãos demonstrou prontitude nos ferros compridos, com o decorrer da lide revelou falta de raça e transmissão. O cavaleiro impôs toda a sua sabedoria demonstrando assim experiência para entrar nos terrenos do toiro, e tocar as teclas certas, no final da lide. Destaque para alguns ferros curtos com o Alcochete.

Para a cara do toiro o cabo escolheu Marcos Prata, forcado esse que chegou recentemente ao grupo, sendo esta a sua primeira pega. Marcos entrou em praça com o seu corpo franzino, e mal começou a citar, viu-se que havia muita alma, com cite alegre e confiante. Marcos efectuou um pegão, com o toiro arrancar com muita “pata” e o forcado a fechar-se para não mais sair. Terminou infelizmente devido à dureza dos derrotes com o pé partido. Quem diria que o pequenino tinha tanta força… As melhoras.

O terceiro da noite tocou a Luís Rouxinol. O maior do curro, sério, algo indefinido nos ferros compridos, distraído. No decorrer da lide notou-se esforço do cavaleiro a pôr a carne toda no assador, para dar a volta um toiro que investia com a cara alta ou a meia altura. Muito mérito para o cavaleiro que se destaque no habitual par de bandarilhas.

Para a pega João Ventura, apesar não mandar no toiro, efectuou uma boa pega a primeira tentativa, reunindo bem com o toiro, não comprometendo e os ajudas a fecharem eficazmente.

O quarto da ordem tocou a Francisco Palha, um exemplar de impecável apresentação, como aliás foi o mote desta corrida, um curro de toiros irrepreensível em termos de apresentação. Grande noite de Francisco Palha!!! Brindou-nos com uma lide carregada de emoção e “toureria”, cravando ferros de nota altíssima, que levantaram a praça em diversas ocasiões. Apesar de o toiro ter vindo a menos durante a lide, o “Margaça” como é chamado carinhosamente pelos amigos, conseguiu uma atuação soberba.
Saindo da Daniel do Nascimento como triunfador absoluto no que à lide a cavalo toca. Como uma lide destas arrisca-se a ser o triunfador da Feira.

Para a cara do toiro Leonardo Mathias, que efectuo uma boa pega à segunda tentativa, com o toiro a meter a cara com violência.

O quinto toiro tocou ao jovem cavaleiro Miguel Moura, que demonstrou alguma ansiedade, ansiedade essa que originou uma lide pouco acertada, onde ainda assim demonstrou ganas de querer corrigir e triunfar. No entanto o valor do Miguel Moura é conhecido de todos e certamente que na próxima corrida irá triunfar.

Para a cara do toiro o ajuda Bernardo Cardoso. Grande primeiro ajuda do grupo que se despedia das arenas. Apesar do cite apresado, efectuou uma boa pega à primeira tentativa reunindo perfeito com o toiro. Destaque para a grande ajuda do José Maria Ferreira que também se despedia das arenas. José Maria Ferreira foi chamado a praça e deu a volta arena. Um Olé e obrigado a estes dois Grandes Forcados.

O sexto e último toiro da noite, foi toureado com alegria pelo jovem da dinastia de Pegões, Luís Rouxinol Jr.. Outra estampa de apresentação, mostrando-se mais colaborador que os seus irmãos de camada. Luís Rouxinol Jr. herdou de seu pai a facilidade de chegar ao publico e de meter a praça consigo, e foi isso mesmo que fez. Rubricou uma lide alegre, variada, com ferros curtos, palmo e o par de bandarilhas que já vem sendo “ferro da casa”

Para a cara do toiro, depois de dar 5 boas ajudas foi o forcado Martin Afonso de Carvalho, apesar de um ligeiro desequilíbrio no momento da reunião, fechou-se com decisão na cara, efectuando uma boa pega à primeira tentativa.

Fechava a noite, António Telles Filho frente a um novilho, baichel e de cornea fechada que colaborou com o cavaleiro. O mais jovem ginete da Torrinha deixou boas sensações ao público Moitense que aplaudiu de pé, depois de alguns ferros cravados de alto a baixo e com adornos variados.

Para a cara do novilho o jovem João Gomes, efectuou a pega à 3ª tentativa, muito por culpa das características das astes do oponente. Destaque para Grande ajuda do Manuel Mendes. Por fim um grande Olé para Luis Paliotes Fera que ao fim de 20 anos de forcado, rabejou 6 toiros com tamanha galhardia e prazer e foi sem dúvida um elemento motivador para o resto do grupo.

Foto Maria Jão Mil-Homens

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