Resumo da corrida das oportunidades a toureiros Sevilhanos

A Real Maestranza de Sevilha abriu ontem as suas portas para uma corrida em que se deram oportunidades a toureiros pouco vistos nas grandes feiras. Oliva Soto, Esaú Fernandez, Javier Jiménez, Borja Jiménez, Lama de Góngora e Ángel Jimenez compuseram o cartel e estiveram diante de toiros das Ganadarias Virgen María e Santa Ana.

Oliva Soto, embora pouco visto, celebra esta temporada o décimo quarto aniversário da sua alternativa, tirada precisamente na Real Maestranza de Sevilha. Recebeu à verónica com técnica o astado de Santa Ana que lhe tocou em sorte, suscitando desde logo alguns tímidos “olés” dos tendidos. Com a muleta, aproveitou da melhor maneira a oportunidade que lhe foi dada de tourear esta corrida e contou com a colaboração de um enclassado oponente para realizar tandas por ambos os pitóns ligadas e que chegaram ao público. Matou de estocada inteira e cortou uma orelha.

Esaú Fernandez tem triunfado forte nos pueblos onde tem toureado e é sem dúvida um toureiro que merece oportunidades. Deparou-se com o primeiro toiro de Virgen María da tarde, de mirada séria, imprevisível e sem classe nas investidas. O sevilhano esteve bem com ele, com ganas de triunfo, mas o toiro veio a menos com o decorrer da função, ficando curto nas investidas. Esaú Fernandez encurtou as distâncias e apostou num toureio de proximidade, a que o público correspondeu. Foi ovacionado.

O terceiro da tarde, também ele de Virgen María, colocava bem a cara no princípio dos muletazos, saíndo depois solto, sem repetição. Javier Jimenez esteve bem diante do oponente, baseando a faena sobretudo pelo pitón direito, por onde o toiro investia melhor. Destaque ainda para o despacioso saludo capotero por Verónicas, ralentizadas, que resultaram de belo efeito. Foi ovacionado.

Borja Jimenez, irmão de Javier Jimenez, não foi bafejado pela sorte. Tocou-lhe o astado com menos condições de lide. Escasso de forças e de investidas curtas, pouco permitiu fazer a Borja que esteve à altura do oponente e realizou uma digna prestação. Foi ovacionado.

O quinto de Santa Ana foi outro toiro complicado e sem classe, sendo que da prestação de Lama de Góngora ficam na retina o tércio de capote por verónicas e a estocada com que rematou a atuação. A restante atuação decorreu sem ritmo, muito por culpa do astado que teve por diante.

Ángel Jimenez esteve a gosto e entendeu na perfeição o astado de Virgen María que fechou a tarde e, diga-se, colaborou da melhor maneira para a prestação do toureiro. Faena com a mão baixa, ligada com ritmo. Rematou com uma estocada inteira e cortou uma orelha.

Oportunidade aproveitada por todos estes toureiros sevilhanos que, embora afastados das grandes feiras, provaram que merecem mais oportunidades e estão preparados para os desafios que lhes possam surgir.

Resumo por Tiago Correia

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