Após a Corrida de Gala no Campo Pequeno, Gonçalo Reis, Presidente da RTP, confessou que não é aficionado, mas que entende que seja necessário dar tempo de antena ao património e às tradições.
“Faço questão de ir à corrida de toiros da Casa do Pessoal da RTP no Campo Pequeno. Antes de estar à frente da RTP não ia a touradas, não sou aficionado e confesso que passo metade do tempo a fazer perguntas básicas para o lado sobre o que se passa na arena. Mas também sei que há que valorizar o património e as tradições; que há que dar espaço à diversidade das preferências dos públicos; que há que promover o país descentralizado e os ambientes não urbanos; que devemos ter presentes as posições sucessivas da ERC e da Assembleia da República no sentido de assegurar graus de liberdade na programação e divulgação das várias manifestações da sociedade“, escreveu Gonçalo Reis.
O Presidente do canal público sublinhou ainda que, “como diz o Sérgio Sousa Pinto, os bilhetes das touradas são caros e os cidadãos têm o direito de as ver na televisão em aberto”.
E rematou: “De facto, as minhas preferências pessoais são outras, mas assim como defendo que os amantes de artes plásticas merecem tê-las na RTP, também acho que cabe à RTP ser plural na programação, agindo com tolerância e cobrindo os interesses dos vários públicos“.
São várias as personalidades que têm vindo a público assumir a sua simpatia com as touradas e a defender a posição de Gonçalo Reis, que tem assumido uma postura de defesa da diversidade cultural dos conteúdos da estação do Estado, para além das suas próprias convicções pessoais – é o caso de Herman José, Ana Bola ou Fernando Pereira.
Também deputados de diversos quadrantes políticos e outros sujeitos com cargos públicos, bem como muitos actores (veja-se o caso de Luís Esparteiro ou Fernanda Serrano) não se têm inibido de mostrar a sua afición.
Leia a mensagem na íntegra de Gonçalo Reis:
Faço questão de ir à corrida de toiros da Casa do Pessoal da RTP no Campo Pequeno. Antes de estar à frente da RTP não ia a touradas, não sou aficionado e confesso que passo metade do tempo a fazer perguntas básicas para o lado sobre o que se passa na arena. Mas também sei que há que valorizar o património e as tradições; que há que dar espaço à diversidade das preferências dos públicos; que há que promover o país descentralizado e os ambientes não urbanos; que devemos ter pre…sentes as posições sucessivas da ERC e da Assembleia da República no sentido de assegurar graus de liberdade na programação e divulgação das várias manifestações da sociedade; que, como diz o Sérgio Sousa Pinto, os bilhetes das touradas são caros e os cidadãos têm o direito de as ver na TV em aberto. De facto, as minhas preferências pessoais são outras, mas assim como defendo que os amantes de artes plásticas merecem tê-las na RTP, também acho que cabe à RTP ser plural na programação, agindo com tolerância e cobrindo os interesses dos vários públicos.
Fotografia: Público