Vargas Llosa responde à recomendação da ONU

Depois de, esta quinta-feira, a ONU ter aconselhado Madrid a proibir a presença de crianças menores de 18 anos nas touradas, o Nobel da Literatura Mario Vargas Llosa expressou a sua opinião de desacordo. 

O escritor afirmou que levou os filhos à tourada quando eram pequenos e que nenhum saiu cruel, até porque “este é um espectáculo de criação de beleza como a poesia, a música ou a novela”. Considera, assim, que a proibição não tem sentido e que os toiros “são alta pedagogia”.

Vargas Llosa afirmou ainda que o toiro “é um animal privilegiado, tratado com imenso amor desde que nasce e até à sua lide, ainda que muitos animalistas o ignorem”. “O antitaurinismo tem frentes distintas, e há uma cultura animalista respeitável que vê crueldade”, disse o escritor, acrescentando que esta interpretação é um engano.

O Nobel da Literatura disse ainda que “é verdade que é uma festa cruel, porque a verdade da vida é cruel”. No entanto, tudo o que tem vida, incluindo as plantas, deve ser respeitado, “e assim nós, humanos, terminaríamos a alimentar-nos de comprimidos”, concluiu Vargas Llosa.

 

 

 

 

 

Fotografia: El País

 

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