Forçado a quebrar o silêncio pela onda de manifestações de solidariedade para com Alejandro Talavante, Toño Matilla veio negar qualquer boicote ao diestro.
O artigo de Javier Negre (jornalista de investigação do diário El Mundo) trouxe a público as verdadeiras razões do afastamento de Talavante.
O artigo tornou-se viral e não só foi incessantemente partilhado como veio desencadear uma onda de opiniões e análises sobre a polémica, um pouco por todo o mundo taurino.
Toño Matilla, que primeiramente se furtou aos contactos do jornalista (deixando sem resposta vários telefonemas e mensagens), acabou por se ver forçado a vir a público contar «a sua versão dos factos», perante a onda de solidariedade em defesa de Alejandro Talavante.
Matilla afirmou não ter poder, capacidade nem desejo de boicotar a carreira profissional de Talavante ou de qualquer outro toureiro.
No seu comunicado pode ler-se que «só me dedico a defender os interesses daqueles diestros que confiam em mim estar a seu lado».
Matilla admitiu ter sido ele a pôr fim à relação com Talavante mas que, ao invés de um aumento de 15 mil euros nos honorários, o matador lhe terá exigido receber mais do que qualquer outro, por «ser o melhor, o número um».
Acrescentou que não conseguia alcançar estas exigências porque as bilheteiras não reflectem que Talavante seja o tal número um.
Contou ainda que no final do mês de Maio, foi obrigado a desfazer todos os contratos já assinados para renegociar os honorários de acordo com as novas pretensões de Talavante e que a empresa Pamplona, o informou que não era a primeira vez que isso acontecia com este toureiro.
Toño Matilla diz ainda que Talavante ficou de fora da feira de Valladolid porque exigiu lidar um curro de toiros que ele próprio tinha adquirido e que essa pretensão não podia ser satisfeita porque era inusual e porque a empresa já tinha adquirido os toiros para o certame.
Acusa ainda Talavante de ter faltado ao respeito a Juan Jose Padilla, por não ter esperado para anunciar a sua despedida deixando a despedida do seu companheiro ensombrada pelo súbito comunicado.
Por fim, Toño Matilla afirma que Talavante aumentou os seus rendimentos 44% de 2015 a 2017.