Feliciano Barreiras Duarte no Sol: “A tauromaquia em Portugal e os novos inquisidores”

Feliciano Barreiras Duarte, deputado do Partido Social Democrata (PSD) à Assembleia da República, assinou um artigo no jornal Sol do passado domingo, no qual escreve sobre “os novos inquisidores” da tauromaquia em Portugal.

“Quantas vezes vemos pessoas que cuidam de gatos e de cães e  que depois deixam sem ajuda o vizinho que passa fome”. É com esta afirmação do Papa Francisco que Feliciano Barreiras Duarte dá o mote ao seu artigo de opinião.

O deputado começa por avançar com dados históricos sobre a origem das touradas em Portugal e o fracasso das restrições que ao longo dos anos se fizeram e que continuam hoje a tentar ser implementadas por certos partidos e instituições para fundamentar que as mesmas têm falhado e que a tauromaquia se apresenta resultados positivos, que a nível da economia regional e nacional, como a nível da cultura.

“Entre 2016 e 2017, o número de pessoas que assistiram a corridas de touros aumentou de 430 mil para quase 436 mil, crescendo, no mesmo período, o número médio de espetadores por corrida de 2375 para 2591. E estima-se que as transmissões televisivas em Portugal tenham atingido em 2017 uma média global acumulada de dois milhões de telespectadores. As touradas obtêm, de resto, uma assistência média significativamente superior às dos demais eventos culturais que lhes são comparáveis. Refira-se que a ópera consegue uma média de cerca de 460 espetadores, o teatro de 195 e o cinema de apenas 23.”

Depois de avançar com vários dados económicos e culturais, o deputado escreve:

“Eu não aceito – e nunca aceitarei – que os animais tenham mais direitos do que as pessoas. Não aceito que o Estado se meta com costumes e tradições que são parte das identidades de comunidades e de territórios, como no caso das touradas sucede com o Alentejo e o Ribatejo, e depois recuse apoiar as pessoas mais frágeis da nossa sociedade. Como certa vez escrevi, «esta espécie de declínio do valor da pessoa em favor do poder dos animais e da bicharada é protagonizada por gente que convive bem com misérias humanas junto à sua porta».”

E finaliza defendendo e apelando ao respeito pela tauromaquia enquanto parte integrante do património cultural português:

“Por mim, que respeito os animais, também respeito as tradições populares, como a tourada, mesmo não sendo um seu aficionado. Mas, acima de tudo, respeito as pessoas e não transijo com este novo pensamento quase totalitário que pretende despojar os povos das suas legítimas tradições, ao mesmo tempo que condena as pessoas ao abandono e à solidão”.

Pode ler o artigo na íntegra clicando aqui.

 

 

 

 

 

 

 

 

Fotografia: Sol

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