O Jornal JN, dá destaque à ilegal demolição da Praça de Toiros da Póvoa do Varzim. Onde Ricardo Inácio Veloso Zamith de Passos, antigo vereador da Câmara, diz que a suposta demolição é “mais uma irregularidade nas obras municipais”, tudo em nome de um projeto “faraónico”, “cuja utilidade e necessidade ainda está por demonstrar”
O ex-vereador das Obras Municipais da Câmara da Póvoa de Varzim, Ricardo Zamith de Passos, diz que a demolição da Praça de Touros viola o Plano de Urbanização (PU) daquela zona da cidade.
A “Tourada”, frisa o agora coordenador poveiro da Iniciativa Liberal (IL), consta da lista de património do PU e, como tal, a sua destruição nunca poderia avançar sem uma alteração ao Plano, sujeita a discussão pública e votação na Assembleia Municipal. Zamith lamenta “mais uma irregularidade nas obras municipais”, tudo em nome de um projeto “faraónico”, “cuja utilidade e necessidade ainda está por demonstrar”.
“Foi ignorada a inclusão do antigo edifício da Praça de Touros no inventário do património constante do PU – que implica a sua preservação admitindo alterações, mas nunca permitindo a sua total demolição”, afirma, em comunicado, o núcleo da Póvoa da IL, presidido por Ricardo Zamith, que, entre 2013 e 2017, foi o vereador das Obras do atual presidente, Aires Pereira.
Assim, explica, para cumprir a lei a Câmara teria que propor uma alteração ao PU, eliminando a Praça de Touros da lista de património, promover a discussão pública e, no final, submeter a proposta à votação na Assembleia Municipal.
Para a IL, a menos de um ano do fim do mandato, “é impensável avançar com uma obra desta magnitude sem uma adequada análise urbanística, sem estudos de viabilidade financeira e de impacto na qualidade de vida para os habitantes, seja relativamente ao ruído ou à mobilidade”.
E, ainda que o multiusos fosse a solução escolhida, deveria fazer-se “um concurso público internacional para concessão do espaço a terceiros”, ficando a maior parte do investimento e os custos de manutenção a cargo do concessionário.