Ana Batista (Cavaleira Tauromáquica): “Desde os anos 40, do século passado, que têm surgido em Portugal vários nomes femininos a quererem despontar nas arenas. As lutas e as conquistas foram muitas, e hoje em dia, o papel da Mulher na Tauromaquia é aceite com normalidade. Sinto orgulho de ter tido como madrinha de alternativa D. Conchita Citrón, uma referência no campo feminino. Actualmente, conseguimos demonstrar o nosso valor, e granjear o nosso espaço. Integramos os cartéis com os outros toureiros e disputamos os triunfos de igual para igual. Sinto-me feliz pela profissão que escolhi!”
Maria João Mil Homens (Imprensa): “Nos dias que correm, a relevância da mulher na tauromaquia é igual ou até superior à de um homem. Basta reparar que não há nada que apenas os homens façam, nós somos aficionadas, fotógrafas, cronistas, pessoal dos curros, moça de espadas, tratadoras de cavalos, forcadas, cavaleiras, matadoras …. e até empresárias e apoderadas. E a tauromaquia precisa que todos a defendam e promovam, por isso não pode haver distinção de sexos. Agora em jeito de brincadeira, para além de embelezar as praças, muitas serão fonte de inspiração e de força para toureiros. Não será isso fundamental? Um feliz dia da mulher para todas as mulheres aficionadas”
Joana Rosa Rodrigues (Ganadera): “A importância de sempre, saber aguentar e templar”
Soraia Costa (Cavaleira Tauromáquica): “A relevância da mulher na tauromaquia é a mesma na sociedade de hoje! É muito importante que a mulher seja respeitada na profissão que desempenha, principalmente quando se trata de uma área maioritariamente masculina. Actualmente a mulher é muito bem aceite pelo público e muitas vezes é já “exigência” do mesmo. Há que dar o exemplo e ir conquistando um lugar com mérito, humildade e muito trabalho.”
Maria Caetano Couceiro (Cavaleira de Dressage): “Desde o início da tauromaquia que a mulher tem um papel fundamental a vários níveis . Não só como grandes aficionadas, desde sempre que as mulheres, no papel de mães, irmãs ou esposas, foram um grande suporte e pilar dos toureiros. Também a mística em redor dos mesmo sempre despertou uma enorme admiração por parte das mulheres o que se traduz numa motivação maior para os toureiros jogarem a sua vida na arena. Hoje em dia, temos um papel ainda mais relevante das mulheres na tauromaquia. Elas próprias são profissionais, elevando a valentia e capacidade do género feminino e demonstrando que são tão capazes como os homens de executar na perfeição esta arte que tanto nos apaixona.”
Matilde Cid (Fadista): “Acredito que sejam as mulheres quem mais vive a festa brava. Não apenas por afición mas por, em muito casos, assistirem a corridas com dois dos mais fortes sentimentos dentro do peito, o do orgulho e o do medo. Orgulho por ver um dos “seus” em praça (quer seja cavaleiro, forcado, peão de brega, etc…) que valente enfrenta o toiro, e medo , por saber que existe a hipótese de algo correr mal. Talvez seja por isso que muito se escreveu e cantou sobre este tema, especialmente nos fados. Lembrei-me agora de um em particular que fala sobre a mãe do forcado, chamado “Moço forcado” – “Vou te contar um segredo Tua mãe fica chorar Mas vou te contar a medo Porque me pode queimar Ela tem medo dos toiros Do tinto e do velho fado E teme pela tua vida Tua vida de forcado”
Ana Gião Gomes (Veterinária do IGAC): “O mundo dos toiros tem um lado muito mais feminino do que parece! Vivemos numa sociedade mista onde a mulher assume um papel cada vez mais activo. A festa brava é mais um exemplo da nossa versatilidade! Se por um lado a presença da mulher nas bancadas consegue inspirar e motivar os artistas, nos “bastidores” a sua presença acaba por dar mais “cor” à parte da festa que não se vê. Acredito que nossa participação contribuí todos os dias para tornar a festa uma arte de grandeza e encanto ainda maiores!”