Corrida agradável na estufa do Redondo

Realizou-se mais uma tradicional corrida de toiros, integrada nas festas das flores no Redondo.

A organização da corrida e bem quis montar um cartel diferente do comum, a inovação e ideias ousadas, são o antídoto para que uma iniciativa resulte em sucesso, um mano a mano entre uma figura de “postin” e um cavaleiro que regressou em boa hora as arenas, trazendo sangue novo ao quadro de cavaleiros lusos, foi a ideia pensada.

O curro de toiros enviado da herdade do Monte Velho, pelo Engenheiro Joaquim Brito Paes estava bem apresentado e rematado, o peso não é sinónimo de trapio.

Nas pegas, três grupos do Alentejo em competição.

Concretizando, o cartel era composto por:

Cavaleiros

  • Luís Rouxinol
  • Vitor Ribeiro

Forcados

  • Portalegre
  • Redondo
  • Beja

Toiros

  • Eng. Joaquim Brito Paes

Perante 3/4 de casa, abriu a corrida o mais velho cavaleiro de alternativa em praça Luís Rouxinol, pela frente um toiro com 505kg que se revelou cumpridor, mas com falta de transmissão, teve uma saída impetuosa que resultou num forte embate contra a trincheira, deste incidente resultou alguma limitação na locomoção do toiro.

A lide foi agradável, Rouxinol procurou andar ligado e preocupou-se em rematar as sortes como é seu timbre, terminou com um ferro de “palmo”.

Para a primeira pega da tarde e vestindo a jaqueta dos amadores de Portalegre, Fábio Mourato, sereno no cite, fez tudo bem, mandou no toiro, carregou, reuniu com eficiência e o grupo ajudou concretizando assim à primeira tentativa, de salientar a boa primeira ajuda.

Para o segundo da tarde Vitor Ribeiro, saiu-lhe um toiro com 500kg que cumpriu, contudo faltou-lhe também transmissão.

Ribeiro conseguiu uma boa lide a este toiro, bem na brega, sempre muito ligado, cravou ferros que chegaram às bancadas aumentando assim a temperatura do coliseu, que por si só já se apresentava muito quente.

Para a pega o grupo da casa, Jorge Gato com o grupo a dar poucas vantagens pegou à primeira tentativa sem problemas.

A fechar a primeira parte novamente Luís Rouxinol, frente a um toiro com 510kg, que à imagem dos anteriores limitou-se a cumprir.

Rouxinol realizou uma lide correcta, sem conseguir romper, ficou-nos na memória um ferro de “palmo” e um bom par de bandarilhas a terminar a lide.

Para a pega os amadores de Beja por intermédio de Mauro Lança, na primeira tentativa o forcado não reúne nas melhores condições e acaba por sair da cara do toiro na viagem, consegue entrar novamente já no seio do grupo, mas o cabo mandou repetir revelando seriedade, na segunda tentativa reuniu bem, o grupo ajudou e concretizou uma boa pega.

A abrir a segunda parte Vitor Ribeiro, aqui um lapso da organização da corrida, pela frente o toiro sobrero que não foi anunciado como tal, soubemos que o “titular” acabara de partir um corno momentos antes de sair, procedeu-se imediatamente à embolação deste sobrero, não faz sentido quanto a nós que um toiro acabado de passar por este procedimento, saia de seguida à praça, podia muito bem ter sido deixado para último, de forma a ser lidado nas suas máximas plenitudes.

O toiro ao segundo ferro já mostrava grande sinais de cansaço, mas o cavaleiro soube ler esses sinais, acabando por lhe dar a lide adequada, boa actuação, dadas as limitações que tinha pela frente.

Para a segunda pega dos amadores de Portalegre Marco Raimundo, mandou na investida, reuniu bem e com uma boa primeira ajuda concretizou à primeira tentativa, bem o grupo a ajudar.

Para a sua última lide desta tarde Luís Rouxinol, pela frente um toiro com 540kg que se revelou o melhor da corrida, transmitiu e revelou codícia. O cavaleiro de Pegões realizou uma boa lide que chegou às bancadas, bons ferros em sortes frontais, esteve muito bem na brega a preparar e a rematar as sortes, cravou um bom par de bandarilhas para terminar a sua actuação, mas o público pediu com muita insistência mais um ferro, ao que o cavaleiro acedeu e em boa hora, pois cravou um ferro de “palmo” de bom nível, lide aplaudida com a praça de pé.

Pelos amadores do Redondo Luís Feiteirona, o toiro sai solto, o forcado trouxe-o para dentro do grupo e pegou sem dificuldades à primeira tentativa.

Para a última lide da tarde Vitor Ribeiro, pela frente um toiro com 530kg que se revelou voluntarioso e com alguma raça.

Actuação regular e correcta, sem conseguir romper perante um toiro que tinha qualidade, mas que pedia mais ligação e uma lide em curto, terminou com um bom ferro em sorte frontal de ligeira batida ao pinton contrário.

Para a última pega da corrida e pelos amadores de Beja Francisco Patanita, cite sereno e vistoso, fez tudo bem como mandam as regras, mandou na investida, o toiro saiu com pata para uma boa reunião, aguentou depois um forte derrote, mas o primeiro ajuda entra bem no momento certo e o grupo fecha uma pega rija.

Dirigiu sem problemas o Sr. Agostinho Borges.

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