A Câmara Municipal de Valência recusou o pedido de autorização da Movistar Plus para emitir a Feira em direito, alegando que este foi feito fora de prazo.
Como é habitual, a Movistar Plus, que aloja o canal Toros, pediu este ano para instalar unidades móveis na rua Castellón para emitir as corridas em directo. No entanto, a Câmara recusou dar a autorização, devido a, segundo diz o Departamento de Espaço Público, o pedido ter sido feito fora de prazo.
Esta decisão, que a Câmara afirma ter motivos técnicos e não políticos, é estranha quando contraposta com os anos anteriores. Fontes da empresa responsável pela praça da rua Xàtiva afirmaram ao jornal El Mundo que o canal apresentou o seu pedido à Câmara um dia antes do que o fizeram em 2017, além de, em 2016, terem apresentado o pedido seis dias mais tarde do que este ano.
De acordo com o mesmo jornal, várias fontes de informação garantiram também que a Câmara não disse à plataforma televisiva que o pedido teria de ser feito com um mês de antecedência. Já os responsáveis pela Feira de Fallas adiantaram que o atraso do pedido se deveu ao facto de o canal não saber quantos veículos iriam a Valência para fazer parte da transmissão.
Esta é a primeira vez que os aficionados não podem ver a Feira de Fallas pela televisão. A proibição da Câmara, além de prejudicar os interessados em assistir às corridas, deixa em dúvida vários contratos de trabalho, além de os alojamentos já terem sido alugados pelo canal para os funcionários que iriam trabalhar na transmissão.
No entanto, ainda está no ar a possibilidade de se poder transmitir a Feira: como adianta o El Mundo, as produtoras continuam a tentar conseguir a transmissão.
Esta é mais uma imposição que viola a liberdade e o direito à cultura, numa região onde a Tauromaquia tem há muito uma enorme importância.
Fotografia: Simón Casas Productions