Em causa estão as medidas de segurança desenhadas pela Direção-Geral da Saúde para o regresso dos espetáculos tauromáquicos.
Após a resolução do Conselho de Ministro, desta quinta-feira, ter formalizado o regresso da atividade tauromáquica em Portugal, os profissionais do setor continuam a considerar ser alvo de medidas discriminatórias em relação às outras atividades culturais.
“Ou seja, hoje pode decorrer numa praça de touros um espetáculo com todas as filas ocupadas por público e, a seguir, realiza-se uma tourada e é exigido uma fila de intervalo sem ocupação entre filas. É absurdo. O único efeito que tem é de reduzir uma grande parte da lotação nas praças de touros”, defendeu o responsável, ressalvando que aquando do encontro entre as autoridades e a Federação Portuguesa de Tauromaquia sobre as novas medidas, esta norma nunca foi apresentada.
Ao Notícias ao Minuto, Hélder Milheiro garantiu ainda que a ProToiro já fez queixa da situação, estando a aguardar, neste momento, uma resposta e a consequente retificação, “o mais rápido possível”, de norma imposta às instalações tauromáquicas.
O regresso das touradas tem sido, em particular, um tema quente no espaço público, após vários profissionais do setor terem-se manifestado, exigindo a retoma da atividade tauromáquica. Segundo os representantes do setor, “a tauromaquia faz parte da cultura” e a sua atividade deveria ter sido retomada ao mesmo tempo que decorreu a reabertura dos espaços de espetáculos culturais, na terceira fase do desconfinamento.
Um dos protestos que mais deu que falar decorreu no Campo Pequeno, em Lisboa, no início do mês, quando os conhecidos cavaleiros António Telles, Luís Rouxinol, Rui Fernandes, e o antigo forcado José Luís Gomes – se acorrentaram à porta da Praça de Touros da capital.
Texto: Notícias ao Minuto