A castiça Feira de Olivença teve início com uma atractiva novilhada, a que o público correspondeu com uma boa entrada.
Perfilaram-se três novilheiros que têm despertado o interesse da aficion, o mexicano Diego San Roman, o francês Tomás Rufo e o “extremenho “ Manuel Perera que se estreava com picadores, para lidarem seis novilhos de ganaderias distintas que saíram com apresentação correcta para a praça em questão, sendo de destacar pelo jogo dado, os lidados em segundo e terceiro lugar, pertencentes às ganaderias de António Ferrera e El Juli.
Diego San Roman teve poucas ou nenhumas hipóteses de triunfo face às condições nulas de lide que os seus dois novilhos tiveram, ficando das suas actuações a sua firmeza e valor, no entanto, era impossível fazer algo mais com tão escassa matéria – prima, acabando por ser apenas levemente ovacionado nos seus dois novilhos.
Por sua vez, Tomas Rufo, teve duas actuações com bons pormenores, faenas de bom gosto, privilegiando séries em redondo com a mão direita, em que imperou a mão baixa e um temple bastante acoplado às investidas dos oponentes.
Cortou uma orelha ao segundo novilho que toureou, já que no primeiro que lhe tocou em sorte, esteve mal a executar a sorte suprema.
O último novilheiro na terna,estava a jogar em casa, e pôs a carne toda no assador. Entregou-se em duas faenas templadas e artísticas, tem uma arte e uma irreverência próprias da tenra idade que possui, conectando com os tendidos com uma facilidade tremenda.
O saldo final foi bastante positivo, tendo cortado um total de três orelhas, saindo sozinho em ombros, um debute auspicioso deste novilheiro, que certamente teve a tarde que sonhou.